19.5.10

“”
Inesperadamente surgiu
A ocasião fantasista
Conhecer de forma realista
Alguém que emergiu

Apenas dar sem pensamento
Recebendo em existência
Crescendo com a vivência
De ser sem julgamento

Imediata identificação
A dita empatia
Trazendo à luz do dia
A alegria da ligação

Poder apenas ser
Sem pensar ou temer
Agradecendo a oportunidade
De mostrar sinceridade

18.5.10

“”
Tristeza à verdade expelir
Por partilhar o sentimento
Sem prever o afastamento
De quem conseguiu atingir

Isolamento após entender
A indiferença por receber
Tamanha autenticidade
Com tanta incapacidade

Afirmam deixar fluir
Mas não se permitem sentir
O sentimento transparente
Deste coração impaciente

Querer continuar a exploração
Do verdadeiro ser de outrem
Mesmo já tendo o coração
Aberto para esse alguém

14.12.09

“”
Sem ter ninguém para partilhar
Não dá para a tristeza afastar
Alguém que parece ouvir
Mas no fundo está a fingir

Quando pensamos que está a acontecer
Tudo muda sem anteceder
Continua esta transição
Que iniciou uma revolução

Com a mente habitada
Parece interessada
A partilha que deveria existir
Não continuou a fluir

A dúvida assola a mente
Fixando este momento presente
Perguntas para expor
Respostas por compor

24.11.09

“”
Surpreende esta vontade sentir
Escrever algo que te fosse atingir
Contigo é diferente partilhar
Aquilo que me faz vacilar

Tudo isto incomoda o meu ser
Mas parece que já nem quero saber
Estando à frustração exposto
A arriscar continuo disposto

Conseguir atingir esta evolução
Contigo arriscando a protecção
Esta nova forma reveladora
Permitirá atingir a liberdade prometedora

Com este novo sentir
Continuo aqui a querer exprimir
Sinto a vontade intacta
Esperando a oportunidade exacta

13.3.09

“”
A morte persegue toda a gente
Mas quando o momento chegar ninguém vai estar presente
Quando ela nos conseguir alcançar
Não existiremos para reparar.

Devemos tentar viver a vida
Sem nunca a considerar perdida
Se conseguirmos olhar para trás sem pensar
Que muito pretendíamos mudar.

Viver sem aquela aflição
De repetir esta vida até à exaustão
Ter pela vida uma enorme amizade
Mesmo que ela se repetisse por toda a eternidade.

Vivemos sem saber se o depois existe
Mas podemos aproveitar o que ainda persiste
Viver de acordo com o nosso sentir
Sem ter medo de continuar a existir.

11.2.09

“”
Tudo o que fizeste sem querer
Todas as pessoas que puseste a sofrer
As razões que conseguiste encontrar
Até para ti mesma te enganar.

Os sentimentos que ignoraste
Aqueles em que não confiaste
O amor ficou esquecido
Nesse momento perdido.

A existir temos de continuar
Mesmo querendo poder mudar
Os acontecimentos permanecem existentes
Nos sentimentos presentes.

Apesar de a vida avançar
Tudo isto parece não mudar
Aberta continua a ferida
Que imaginei esquecida.

4.2.09

“”
O Homem é perito em julgar
Olhar sem conseguir observar
Muito escapa aos sentidos
Os sentimentos permanecem esquecidos.

Perde-se a oportunidade de conhecer
A essência de cada ser
Ousássemos ignorar os sentidos
Para deixarmos de ser consumidos.

Rodeados pela verdade estaríamos
A nós mesmos nos sentiríamos
Nossa pessoa não mais seria estranha
Permitia-nos conhecer a nossa entranha

Conhecer demanda empenho e querer
Julgar é mais fácil mas faz perder
O importante é cada sentir
Que os seres faz unir.